Os Estados Unidos enfrentam uma eleição histórica em 2020. A pandemia de Covid-19, a turbulência social e os desafios econômicos moldaram a agenda eleitoral, com opções contrastantes apresentadas pelos dois principais candidatos, Donald Trump e Joe Biden. Na disputa mais polarizada dos tempos modernos, a nação foi forçada a escolher entre a continuação de uma presidência disruptiva ou um retorno a uma abordagem mais calma e previsível.

Donald Trump começou a corrida eleitoral com uma mensagem clara: Make America Great Again. Além de sua agenda de América Primeiro, Trump apresentou um registro de corte de impostos, desregulamentação e retórica nacionalista. Ele prometeu manter o impulso econômico, proteger a Seguridade Social e reforçar a segurança nas fronteiras. O presidente republicano destacou, ainda, suas iniciativas de política externa, incluindo sua abertura para os líderes agressivos como Vladimir Putin e Kim Jong-un, e seu papel de liderança na luta contra o terrorismo.

Por outro lado, Joe Biden, antigo vice-presidente de Barack Obama, apresentou-se como um candidato que uniria o país e colocaria a empatia em primeiro lugar. Sua plataforma de campanha enfatizou a importância de uma política inclusiva, com foco na mudança climática, saúde pública, igualdade racial e segurança da família. Biden prometeu acabar com o legado de Trump de separar famílias na fronteira sul, revogar leis de imigração retrógradas e restaurar relações com aliados internacionais.

Ambos os candidatos tiveram que lidar com questões inesperadas durante a corrida eleitoral. A pandemia de coronavírus forneceu um desafio sem precedentes, exigiu debate e distanciamento social, bem como ações urgentes para proteger a saúde pública. Trump foi criticado por minimizar a ameaça da Covid-19 e promover soluções não comprovadas, como a hidroxicloroquina e a luminoterapia. Biden propôs a criação de um regime nacional de teste de pandemia, apoio a pequenas empresas e atenção especial aos trabalhadores da saúde.

As questões raciais também desempenharam um papel significativo na campanha eleitoral. Os protestos após a morte de George Floyd sob custódia da polícia reacenderam o debate sobre o racismo sistêmico e a aplicação da lei nos Estados Unidos. Trump adotou uma abordagem de mão pesada, enviando a Guarda Nacional para enfrentar manifestações violentas, enquanto Biden propôs reformas na aplicação da lei, incluindo a proibição da identificação racial no policiamento.

O resultado das eleições americanas de 2020 foi um teste para a democracia americana. A contagem dos votos foi a mais demorada e polarizada da história recente e resultou em uma eleição contestada pelo presidente Trump, que alegou fraude generalizada na votação de correio. Após numerosos desafios legais e recontagens de votos, Biden foi declarado vencedor em 7 de novembro de 2020, com mais de 81 milhões de votos, o maior número já registrado na história das eleições americanas.

A eleição de Biden foi saudada como um contrapeso ao populismo e à intolerância da administração Trump. Biden prometeu curar as divisões do país e unir os americanos em torno de uma visão mais inclusiva do futuro. Ele assumiu o cargo em meio a uma pandemia em curso, uma economia avariada e uma crise de identidade nacional. A eleição de 2020, portanto, foi uma batalha pela alma da democracia americana.

Em conclusão, as eleições americanas de 2020 foram uma batalha épica entre dois candidatos com abordagens muito diferentes para moldar o futuro do país. Como muitos eventos políticos deste ano, a campanha foi amplamente influenciada por questões urgentes e imprevisíveis que desafiaram a nação. A eleição trouxe à tona questões fundamentais sobre a direção do país e a posição dos Estados Unidos no mundo. A eleição de Joe Biden representa uma oportunidade para a restauração da lei, ordem e estabilidade, bem como para a unidade e inclusão no país.